Brasil EnCena inicia Mostra “Quebradas do Mundaréu”



Brasil EnCena inicia Mostra “Quebradas do Mundaréu”

Em seu terceiro ano de projeto, o Ponto de Cultura Brasil EnCena, em Amparo, finaliza suas  atividades  com  uma homenagem ao  dramaturgo  santista  Plínio Marcos. “Considerado um autor maldito, o escritor e dramaturgo foi um dos primeiros a retratar a vida dos submundos de São Paulo. Poucos escreveram sobre homossexualidade, marginalidade, prostituição e violência com tanta autenticidade. Escrevia sempre motivado por histórias que via ou ouvia, mas que, sobretudo, o emocionassem”, destaca Alexandre Cruz.

Trinta atores fazem parte de seis núcleos de criação que tem como provocadores: Arminda Riolo, Handré Campos, Patty Aranha e Alexandre Cruz, este também diretor artístico do projeto. Sete obras de Plínio Marcos serão apresentadas na mostra denominada “Quebradas do mundaréu, bem onde o vento encosta o lixo e as pragas botam os ovos”. São elas: “Jesus Homem”, “Abajur Lilás”, “Homens de Papel”, “O Assassinato do Anão do Caralho Grande”.

As apresentações acontecem na Casa do Teatro localizada na Rua Barão de Campinas, 619 -  Centro de Amparo.

Programação
Dia 05 de dezembro, às 20h17: Navalha na Carne, Dois Perdidos Numa Noite Suja e Balada de Um Palhaço;
Dias 06 de dezembro, às 20h17 e 07 de dezembro, às 21h17: O Assassinato do Anão do Caralho Grande;
Dias 12 e 13 de dezembro, às 20h17: Abajur Lilás;
Dia 15 de dezembro, às 20h17: Leitura Dramática – Homens de Papel;
Dias 21 de dezembro, às 21h17; 22 de dezembro, às 20h17: Jesus Homem.

Confira a programação da Mostra em homenagem a Plínio Marcos




Inscrições para aula de teatro terminam sexta-feira



A Cia. Arteatrando estendeu até sexta-feira, dia 6 de julho, as inscrições para o terceiro ano de atividades do Ponto de Cultura Brasil EnCena. Por ter vagas limitadas, todos os inscritos participarão de uma seleção neste sábado, às 14h, na Casa do Teatro, sede da companhia. Para o processo seletivo, os interessados passarão por um exercício prático e um questionário de dez perguntas sobre os textos que estão disponibilizados, assim como a ficha de inscrição, no blog brasilencena.blogspot.com. "O exercício prático será uma performance de 2 a 5 minutos dos textos 'O ator' ou 'Manuscrito da arte cênica', ambos de Plínio Marcos e disponíveis em nosso blog", explica o diretor artístico do Ponto, Alexandre Cruz.

Com o objetivo de atender mais participantes neste terceiro ano de atividades, o projeto contará com três oficinas com duração de dez meses, duas oficinas de três meses e uma com quatro meses. As aulas são gratuitas e acontecerão nas terças-feiras, das 19h às 22h, e aos sábados, das 14h às 17h.

Os atores desejantes selecionados serão divididos em quatro núcleos de criação, cada um destes será dirigido por um dos quatro provocadores do Brasil Encena, Arminda Riolo, Handré Campos, Patty Aranha e Alexandre Cruz, este também diretor artístico do projeto.

No final de cada oficina acontecerão mostras de teatro com cenas de 22 obras do dramaturgo Plínio Marcos, homenageado neste terceiro ano. “Considerado um autor maldito, o escritor e dramaturgo foi um dos primeiros a retratar a vida dos submundos de São Paulo. Poucos escreveram sobre homossexualidade, marginalidade, prostituição e violência com tanta autenticidade. Escrevia sempre motivado por histórias que via ou ouvia, mas que, sobretudo, o emocionassem”, diz Alexandre Cruz.

Mais informações podem ser obtidas nos telefones (19) 3808-1732 e (19) 9189-4480, ou através do e-mail casadoteatro@ig.com.br. A Casa do Teatro fica na Rua Barão de Campinas 619- Centro, Amparo/SP.

Texto para seleção de atores

Confira mais um dos textos para a seleção dos inscritos para o terceiro ano do nosso Ponto de Cultura. A seleção acontecerá dia 6 de julho, às 14h, na Casa do Teatro. Venha você também viver o teatro!



O Ator - Plinio Marcos

Por mais que as cruentas e inglórias
Batalhas do cotidiano
Tornem um homem duro ou cínico
O suficiente para fazê-lo indiferente
Às desgraças e alegrias coletivas,
Sempre haverá no seu coração,
Por minúsculo que seja,
Um recanto suave
Onde ele guarda ecos dos sons
De algum momento de amor já vivido.
Bendito seja
Quem souber dirigir-se
A esse homem
Que se deixou endurecer,
De forma a atingi-lo
No pequeno porém macio
Núcleo da sua sensibilidade.
E por aí despertá-lo,
Tirá-lo da apatia,
Essa grotesca
Forma de auto-destruição
A que por desencanto
Ou medo se sujeita.
E por aí inquietá-lo
E comovê-lo para
As lutas comuns da libertação.
O ator tem esse dom.
Ele tem o talento de atingir as pessoas
Nos pontos onde não existem defesas.
O ator, não o autor ou o diretor,
Tem esse dom.
Por isso o artista do teatro é o ator.
O público vai ao teatro por causa dele.
O autor e o diretor só são bons na medida
Em que dão margem a grandes interpretações.

Mas o ator deve se conscientizar
De que é um cristo da humanidade:
Seu talento é muito mais
Uma condenação do que uma dádiva.
Ele tem que saber que para ser
Um ator de verdade, vai ter que fazer
Mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios.
É preciso coragem,
Muita humildade e, sobretudo,
Um transbordamento de amor fraterno
Para abdicar da própria personalidade
Em favor de seus personagens,
Com a única intenção de fazer
A sociedade entender
Que o ser humano não tem
Instintos e sensibilidades padronizados,
Como pretendem os hipócritas
Com seus códigos de ética.
Amo o ator
Nas suas alucinantes variações de humor,
Nas suas crises de euforia ou depressão.
Amo o ator no desespero de sua insegurança,
Quando ele, como viajor solitário,
Sem a bússola da fé ou da ideologia,
É obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente
Procurando, no seu mais secreto íntimo,
Afinidades com as distorções de caráter
De seu personagem.
Amo o ator
Mais ainda quando,
Depois de tantos martírios,
Surge no palco com segurança,
Oferecendo seu corpo, sua voz,
Sua alma, sua sensibilidade
Para expor, sem nenhuma reserva,
Toda a fragilidade do ser humano
Reprimido, violentado.
Amo o ator por se emprestar inteiro
Para expor à platéia
Os aleijões da alma
humana,
Com a única finalidade
De que o público
Se compreenda, se fortaleça
E caminhe no rumo
De um mundo melhor,
A ser construído
Pela harmonia e pelo amor.
Amo o ator
Consciente de que
A recompensa possível
Não é o dinheiro, nem o aplauso,
Mas a esperança de poder
Rir todos os risos
E chorar todos os prantos.
Amo o ator consciente de que,
No palco, cada palavra
E cada gesto são efêmeros,
Pois nada registra nem documenta
Sua grandeza.
Amo o ator e por ele amo o teatro.
Sei que é por ele que
O teatro é eterno
E jamais será superado
Por qualquer arte que
Se valha da técnica mecânica.


Ficha de inscrição

Faça o download da ficha de inscrição clicando aqui.




Abertas inscrições para terceiro ano


Cena do espetáculo "O Rei da Vela", que encerrou o segundo ano do Ponto de Cultura

Começam no dia 25 de junho as inscrições para o terceiro ano de atividades do Ponto de Cultura Brasil EnCena, da Cia. Arteatrando. O período de inscrições termina no dia 5 de julho. Serão oferecidas vinte vagas para alunos com idade mínima de 13 anos. As aulas são gratuitas e acontecerão em terça-feira, das 19h às 22h, e aos sábados, das 14h às 17h.

Por ter vagas limitadas, todos os inscritos participarão de uma seleção no dia 6 de julho, às 14h, na Casa do Teatro, sede da companhia. Para o processo seletivo, os interessados passarão por um exercício prático com textos que estão disponibilizados, assim como a ficha de inscrição, neste blog, e responderão um questionário de dez perguntas sobre os textos escolhidos.

Com o objetivo de atender mais participantes neste terceiro ano de atividades, o projeto contará com três oficinas com duração de dez meses, duas oficinas de três meses e uma com quatro meses. “Com o grande sucesso dos dois primeiros anos do Ponto, gostaríamos de garantir que mais pessoas tivessem a oportunidade de participar do projeto”, explica o coordenador, Mateus Angelo.

Os atores desejantes selecionados serão divididos em quatro núcleos de criação, cada núcleo será dirigido por um dos quatro provocadores do Brasil Encena, Arminda Riolo, Handré Campos, Patty Aranha e Alexandre Cruz, este também diretor artístico do projeto.

No final de cada oficina acontecerão mostras de teatro com cenas de 22 obras do dramaturgo Plínio Marcos, homenageado neste terceiro ano. “Considerado um autor maldito, o escritor e dramaturgo foi um dos primeiros a retratar a vida dos submundos de São Paulo. Poucos escreveram sobre homossexualidade, marginalidade, prostituição e violência com tanta autenticidade. Escrevia sempre motivado por histórias que via ou ouvia, mas que, sobretudo, o emocionassem”, diz Alexandre Cruz.

Para mais informações liguem 3808-1732 ou (19) 9189-4480, ou entrem em contato através do e-mail casadoteatro@ig.com.br. A Casa do Teatro fica na Rua Barão de Campinas 619- Centro, Amparo/SP.